sexta-feira, setembro 12, 2008

Adeus Gorda!!


Perdi uma amiga e uma companheira de brincadeira.

Hoje ainda lamento a perda mas amanhã quero agradecer e sorrir por saber que a tive.

Kundera diz qualquer coisa como "quando morremos tornamo-nos imortais, pois já nada podemos alterar em relação a como ou outros nos veêm". Penso que o mesmo se pode aplicar aos animais. Pelo menos quero que assim seja. E querer é poder...

Violência, Assaltos & Cª: Estado da arte em Portugal

Já não podemos ver as parangonas dos jornais e dos noticiários televisivos. É sempre a mesma coisa: assalto a bombas de gasolina, car-jacking, assaltos a estabelecimentos comerciais (levando as joalharias clara vantagem), rixas entre grupos inter e intra étnicos, etc.

Este último (não o etc., claro está), diga-se que sempre existiu em número mais ou menos considerável. Só não tinha era a publicidade que as outras "categorias" acabaram por trazer.

No meio disto tudo, tendo em conta os últimos desenvolvimentos, especialmente aquele do disparo dentro de uma esquadra da PSP, apraz-me dizer:

1 - Quando um indivíduo dispara sobre outro dentro de uma esquadra (inclusive com uma arma ilegal) e é solto/libertado/não preso preventivamente pelo Tribunal, ou o juíz é incompetente (ou estúpido), ou sistema judicial não presta (ou não serve), ou andamos a brincar aos polícias e aos ladrões. Se for o caso do último, então quero ser ladrão. Geralmente era o papel que eu interpretava na Escola Primária (do 1º Ciclo ou whatever ) e dava-me bem com isso por correr mais que os polícias.

2 - Por este andar vai haver muita gente a querer abdicar dos seus direitos e liberdades para poder andar e sentir-se seguro. Provavelmente, uma espécie de ditadura será o preço a pagar pela incompetência (que é diferente de má vontade) dos políticos que temos. Sim, dos políticos e não do sistema em si pois este é definido por aqueles.

Pensamento do dia

Só as pessoas sem preocupações fazem sexo! E isso preocupa-me... :P

quinta-feira, julho 24, 2008

terça-feira, julho 15, 2008

Depilação no masculino

O barbear diário associado ao sono com que muitas vezes temos que desempenhar este acto, conduz-nos muitas vezes a "erros de cálculo" que vão desde o espalhar o gel ou espuma de barbear por áreas que superam as fronteiras do rosto, às inevitáveis "navalhadas". Um dos resultados visíveis é a conquista de espaço por parte dos pêlos "barba" aos pêlos... "normais".

No extremo, assumindo que grande parte dos homens, pelo menos no Verão, fazem a barba em tronco nu, corre-se o risco de se fazer a barba desde a zona do bigode até... ao peito.

Sendo eu uma pessoa que funciona em modo automático pelo menos até uma hora depois de ter acordado, fui prolongando o território dos meus pêlos "barba", embora tenha ficado (felizmente) muito longe da situação extrema que referi. Apercebendo-me desta "inestéticidade", principalmente visível nos dias em que se dá descanso às lâminas, vi-me envolvido num diálogo entre amigos (homens) sobre depilação.

E foi aí que me apercebi que qualquer um deles tinha a sua história a contar sobre o assunto. Desde o que rapa os pelos do peito por serem muito escuros e não querer apresentar tal tapete em plena época balnear, ao que clareia os pelos dos braços por serem também eles demasiado escuros, até ao que tira as insignificâncias pilares e ao visionário, que há uns anos atrás se apercebeu de um desvio marginal da barba na zona superior das bochechas, e corrigiu o problema através do laser.

Isto de ser homem já não é o que era. Fortemente incentivado pela ala feminina lá de casa, decidi-me a experimentar tal mundo que muitos ainda consideram, com bastantes preconceitos, território exclusivo das mulheres, de alguns desportistas e de homossexuais.

Para poder submeter-me a tal terapia tive que superar a 1ª fase: deixar crescer o pêlo o suficiente para que se pudesse agarrar, já que a experiência seria à base de cera quente. Isto implicou o 1º constrangimento: passear-me pela rua com um bigode descaído, ou seja, com um aglomerado de pêlos uns bons centímetros abaixo da zona própria do bigode... sim, no pescoço. Ridículo...

Até que chega o dia. Vamos lá ver então o que as mulheres sofrem.

E aqui, meus caros, devo dizer-me que elas são sem dúvida as campeãs do sofrimento. O que eu senti foi qualquer coisa como arrancarem-me a pele. Senti-me um autêntico frango a quem se tira a pele antes de ser cozinhado, ou como os pobres animais a quem arrancam a pele ainda vivos para fazer casacos. Aquilo é horrível e quase insuportável!!!


E agora? Naturalmente que eles voltam. E a 1ª vez é só o começo pois aquilo não é chegar arrancar e acabou-se a festa. O processo continua... ou não. Há sempre a hipótese de aplicar a lâmina para o resto da vida.

Devidamente incentivado, vou fazer um tira-teimas. Vou novamente ao castigo e por isso passo novamente pela etapa do bigode descaído. Mas uma coisa é certa: se não doer menos (já não há efeito-surpresa) e os desgraçados reaparecerem passados dois a três dias, acabou-se a brincadeira! Levam com a lâmina o resto da vida.

Pelo menos duas coisa fico a ganhar: uma nova experiência e (ainda mais) respeito pelas mulheres sofredoras que nós tanto gostamos de ver bem arranjadinhas :)))

terça-feira, julho 01, 2008

Noites loucas... que deixam marcas

Deixas-me adormecer e calmamente me observas.
Movimentas-te suavemente pelo quarto. Hesitas... Arranjas coragem e aproximas-te. Lanças-me um suspiro no ouvido mas não respondo.
Aproximas-te do meu braço estendido que fincas com sofreguidão.
Não consigo resistir apesar do cansaço e ergo-me acendendo a luz.
Meio ensonado vejo-te alegre e saltitante pelo quarto. Deambulas... Gozas... Provocas-me... Safada!!!
Sigo-te com o meu olhar mais atento e sinto o calor nas mãos na ânsia de te tocar... de te sentir à minha mercê.
Ao aproximares-te da cama faço uma primeira investida da qual te esgueiras com perícia.
Não conseguia aguentar. Isto tinha que acabar depressa...
Olho o meu braço e vejo a tua marca: auréola vermelha de sangue que aflora junto à pele tornando-a rosada.
Eis senão quando me viras as costas. Não resisto à tentação de uma palmada marota e traiçoeira: Pás!! Já está. És minha...
Satisfeito o meu desejo adormeço. A marca, essa durará uns dias. O tempo suficiente para te recordar... para depois te esquecer.

segunda-feira, maio 19, 2008

Final da Taça de Portugal

A vitória do meu Sporting na final da Taça de Portugal até foi festejada no céu!!! Pessoalmente senti-me nas nuvens.

A explicação: à hora do jogo estava no avião de regresso de Londres enquanto o comandante ia relatando as incidências do jogo incluindo os golos do Tiuí. Embora não muito esfuziantes, as reacções não deixaram de se fazer ouvir :)

quinta-feira, abril 24, 2008

Sticks and Carrots ou Os Paradigmas da Motivação

Dizem os clássicos da motivação que há duas formas de motivar um indivíduo para fazer as suas tarefas de modo satisfatório: castigá-lo ou recompensá-lo. Basicamente é isto que está por trás da teoria dos Sticks and Carrots, ou seja, o indivíduo é uma espécie de burro que anda por duas razões: ou porque leva uma paulada ou porque lhe põem uma cenoura à frente que ele procura alcançar.

Este é aquilo a que eu chamo o 1º Paradigma da Motivação. Mais recentemente houve quem resumisse motivação a uma questão de incentivos, uma forma mais pragmática e, quiçá simplista, de ver os "castigos" e os "prémios". Basicamente estes constituem incentivos negativos (a evitar) e positivos (que se querem alcançar).

Não me quero alongar acerca da eficácia dos tipos de incentivo mas diria que o incentivo negativo é possivelmente mais eficaz do que o positivo, isto porque o que dói a um dói a todos (embora haja quem goste) e o que agrada a uns pode não agradar a todos.

Todas estas conclusões são válidas num ambiente pai-para-filho, patrão-operário (versão mais comunista) ou supervisor-colaborador (versão mais soft e supostamente menos ofensiva para o subordinado).

Pegando no universo empresarial, diria que a teoria da motivação tem vindo a sofrer algumas alterações fruto, eventualmente, do desgaste do 1º paradigma e também porque, à medida que se sobe na estrutura da pirâmide, as responsabilidades aumentam proporcionalmente ao mau feitio do indivíduo e às "botas que têm que se descalçar". Em suma, a probabilidade de se ficar com a cenoura "entalada" (imaginem onde) aumenta.

Ora é aí que entram as novas teorias ou paradigmas. Disse-me um amigo meu que agora já não há pau (no sentido físico e não metafórico-sexual). Ora poderíamos concluir: É só cenouras. Tudo numa boa. Só incentivos positivos e quem quer descansar não tem cenoura mas também não está muito preocupado com isso. Erro!! A cenoura não aparece à frente mas atrás. Por isso corre senão ganhas um andar novo...

Depois chegamos a uma fase em que nos fartamos de correr. É um pouco como aquela teoria que já aqui aflorei da violação, ou seja, quando esta é inevitável mais vale relaxar e aproveitar. Mais uma vez o incentivo está desfeito e cá anda a malta satisfeita com a sua cenourinha entalada (se pensarmos bem no povo português que só diz mal da vida mas cá anda, cantando e rindo... se calhar todo ele tem uma mega-cenoura... :) ).

Num ambiente empresarial nenhuma chefia pode deixar que o incentivo falte. Portanto, eis que novo incentivo aparece e mais uma vez este não é positivo. Adquirido o factor "cenoura", diria que a melhor forma é "pressionar" ainda mais a coisa. É aí que se pode formular um novo paradigma. Recorrendo a umas fotos que apareceram há uns anos atrás, de uma certa alentejana (quem era? quem era?), e em que uns simpáticos alhos franceses entravam por uma cavidade que não a suposta para um alimento, formulo o novo paradigma: na situação actual já todos temos a nossa cenoura enfiada, mas agora há que correr senão levamos com o alho francês. Cada um que tire as suas conclusões...

Como qualquer boa teoria há sempre um corolário, ou seja como consequência do que até agora vem sendo dito, podemos enunciar o 4º e último paradigma da motivação: temos que correr sempre e muito, pois há-de haver sempre mais e mais incentivos negativos (legumes para "embrulhar"). Portanto, enquanto não tivermos enfiado a horta toda há motivos para nos mantermos motivados e tentar desempenhar as nossas tarefas da melhor forma possível.

quarta-feira, abril 09, 2008

Hoje aconteceu:

- Acordei com uma brutal dor de costas
Razão: 10 horas de avião e largas caminhadas por entre passeios e ruas esburacadas com sapatinho de sola
Solução: Levanta e não chora

- Fui a uma reunião às 14h mas que não ocorreu
Razão: Marcaram uma outra reunião para a mesma hora...
Solução: O cliente tem sempre razão. Marca-se nova hora: 15h30

- Volto ao local da reunião às 15h30 mas...
Razão: adivinhem...
Solução: Arranjei um sítio onde pudesse fazer alguma coisa útil.

- As reuniões terminaram (yupi!!!)
Razão: Era hora de ir tudo para casa.
Solução: Correr e barricar-me no gabinete do ocupado colaborador.

- Consegui o que queria
Razão: Sou persistente e o que tem que ser tem muita força.
Solução: Podem-me sempre atar a um poste... não há persistência que resista, hehehe

- Tive que aturar o chato do novo colega numa alucinante viagem em que insistia em querer partir o vidro para que os mosquitos saíssem do carro (sic)
Razão: Ir a pé era ainda mais perigoso.
Solução: Partir-lhe as ventas, mandá-lo para o ...alho, pedir paciência aos Céus (optei pela 3ª).
Nota: o novo colega ainda vai ter problemas...

- Cheguei a casa estafado, jantei e vi a bola
Razão: a estafa deve-se ao acima explicado, jantar para reabastecer o motor, ver a bola para não ir para a cama de bucho cheio
Solução: hummm... já estou a divagar demais. A solução é fazer algo que eu adoro: MARATONA DE SEXO!!!

Solução da solução: o blogger informa que o autor deste texto está completamente demente e por isso, ainda que tivesse possibilidade de fazer 100 metros de sexo com alguém já seria uma sorte. Assim, foi-lhe recomendado outra coisa que ele também muito apraz: DORMIR!!

terça-feira, março 11, 2008

Cansado... e falta menos tempo que ontem

Estou estourado.

Faltam só uns dias para regressar a Portugal.

Definitivamente já não tenho paciência nem para esta cidade, nem para o trabalho...

Só me apetece dormir... Nem é tarde nem é cedo. Bora lá

segunda-feira, fevereiro 25, 2008

Ai! Ui! Ai!

Fim de semana a chegar ao fim.

Foi praia na manhã de sábado. Uma bela soneca e nenhum escaldão, o que é de alguma forma inédito por terras angolanas onde o sol não brinca em serviço.

No fim da tarde decidi-me pelo exercício físico, o que também é inédito desde há uns anos atrás. Uma corridinha pela marginal. Fiz 2 kms a correr e mais cerca de 3,5 a andar. Nada mau, tendo em conta o tempo de "paragem".

Neste fim de semana ainda tive que trabalhar. É também inédito... ainda para mais tendo em conta que o trabalho é para um cliente casmurro e preguiçoso. É a "vidita"...

O meu Sporting perdeu o que já não é... inédito!!! :@@@

Em suma, vou dormir e o resultado é: ressaca muscular nas pernas, frustração de sportinguista e saudades de casa. Por tudo isto digo Ai! Ui! Ai!

quinta-feira, fevereiro 21, 2008

Memória Olfactiva

Entrei no elevador no final de mais um dia de trabalho. Ao fecharem-se as portas identifiquei um ténue perfume feminino. Era doce e suave. Senti-me mais bem disposto pois transportou-me na memória para emoções calorosas vividas anteriormente.

O mais curioso é não conseguir recordar a pele onde descobri a fragrância que me proporcionou tal sensação. Não será à toa que dizem que a melhor das nossas memórias é a olfactiva.

terça-feira, fevereiro 19, 2008

Quando a violação é inevitável...

Encontro-me no 17º piso do edifício onde fica o meu escritório em Luanda. É já noite e a imagem da Baía iluminada dá um aspecto charmoso e algo cosmopolita à capital Angolana.

Eu, tal como muitos Portugueses e outros cidadãos do mundo, vimos aqui parar em busca de novas oportunidades de negócio, de internacionalizar carreiras ou até de mudar de vida.

Quando o desafio se me deparou há pouco mais de 2 anos atrás, não sabia ao que vinha. Logo eu que não sou daqueles que se costuma atirar de cabeça... em nada na vida. Mas dessa vez achei que devia. A letargia profissional em que me arrastava levou-me a arriscar. Logo promessas de um belo ambiente encontrar, uma cidade fantástica com todas as condições necessárias me fizeram. E não moderei convenientemente as expectativas até porque era o consolo que precisava para que não voltasse atrás.

Auscultei amigos que já tinham passado por esta aventura. Disseram que o tempo fora do país e dos entes queridos era o que mais custava. Afinal, em comparação, só ficaria algumas semanas de cada vez e não seria sempre.

À chegada encontrei um ambiente bem hostil, com malta a pedinchar por todos os lados e a gritarem loas a Portugal à espera de uma "gasosa" por parte do "amigo" a quem tratavam pelo nome que houveram escutado quando quem me esperava me chamou.

Depois era a escuridão, a habitação velha que descartava a "mansão hollywoodesca" que havia criado na mente, um grupo de colegas desconhecidos que ainda assim se mostraram hospitaleiros. Estava em estado de choque que se agravava ao ver faltar a luz na rua e verificar que as comunicações para Portugal eram difíceis muito por causa da maldita configuração da internet e da incompetência de quem não activou o roaming ainda que o pedido tivesse sido feito com um mês de antecedência.

Apesar de tudo, vencido pelo sono, acalmei, resisti e cá me aguentei 3 semanas. A 2ª dose veio um mês depois para 2 semanas. Não fosse a congestão que me fez ficar 3 dias em casa, teria sido um tiro. Aí verifiquei outra face desta Angola em franco crescimento (não confundir com desenvolvimento). Sair de casa é mentira. O perigo espreita a cada esquina e para quem não conhece, sair de casa nem que seja para esticar as pernas é estar a pedi-las. É que dá-se logo nas vistas pela cor da pele (não interpretar como boca racista).

Passaram dois anos e continuo nestas andanças. Francamente para mim duas semanas por cá é mais que suficiente. Como eu gosto da banalidade dos shoppings em Lisboa (nunca pensei dizer isto). Quem sabe se me tivessem moderado as expectativas não me custasse agora tanto cá vir... pelo menos cumpro esse papel com cada novo colega: "Man, You're going to Hell!". Eles chegam cá e concluem: "Afinal isto pode ser mau mas não é assim tão mau".

Cheguei há 5 dias. Vindo de Londres para uma fugaz paragem em Lisboa num Dia dos Namorados que ninguém planeia como tal, entre aeroportos e alguns beijos fugazes e saudades que já são muitas ainda o avião não descolou. O contraste é gritante a começar pelo clima: Londres 2º; Lisboa uns 10º e Luanda uns 30º. Curioso como numa semana 3 cidades começadas por L todas com 6 letras na sua língua materna.

Ainda faltam 25, ou talvez não. Nunca se sabe quando os planos se alteram.

Mas chega de melancolia. Não adianta de nada. Afinal isto não é o Inferno. De todo. E se tem que ser que seja.

E se a violação é inevitável, mais vale relaxar e aproveitar o momento. :DDD

domingo, fevereiro 17, 2008

Voltar às lides

Após mais de um ano de ausência e não ter dito praticamente nada de jeito :), regresso à escrita.

Vamos ver se é desta.

Aproveito para recomendar 3 blogs que frequentemente visito. Eles são:
uma visão muito positiva sobre a beleza feminina
as aventuras, desventuras e curiosidades de um verdadeiro Tony
com bastantes contos, desabafos, memórias, sonhos e realidades sedutoras e inspiradoras