quinta-feira, abril 24, 2008

Sticks and Carrots ou Os Paradigmas da Motivação

Dizem os clássicos da motivação que há duas formas de motivar um indivíduo para fazer as suas tarefas de modo satisfatório: castigá-lo ou recompensá-lo. Basicamente é isto que está por trás da teoria dos Sticks and Carrots, ou seja, o indivíduo é uma espécie de burro que anda por duas razões: ou porque leva uma paulada ou porque lhe põem uma cenoura à frente que ele procura alcançar.

Este é aquilo a que eu chamo o 1º Paradigma da Motivação. Mais recentemente houve quem resumisse motivação a uma questão de incentivos, uma forma mais pragmática e, quiçá simplista, de ver os "castigos" e os "prémios". Basicamente estes constituem incentivos negativos (a evitar) e positivos (que se querem alcançar).

Não me quero alongar acerca da eficácia dos tipos de incentivo mas diria que o incentivo negativo é possivelmente mais eficaz do que o positivo, isto porque o que dói a um dói a todos (embora haja quem goste) e o que agrada a uns pode não agradar a todos.

Todas estas conclusões são válidas num ambiente pai-para-filho, patrão-operário (versão mais comunista) ou supervisor-colaborador (versão mais soft e supostamente menos ofensiva para o subordinado).

Pegando no universo empresarial, diria que a teoria da motivação tem vindo a sofrer algumas alterações fruto, eventualmente, do desgaste do 1º paradigma e também porque, à medida que se sobe na estrutura da pirâmide, as responsabilidades aumentam proporcionalmente ao mau feitio do indivíduo e às "botas que têm que se descalçar". Em suma, a probabilidade de se ficar com a cenoura "entalada" (imaginem onde) aumenta.

Ora é aí que entram as novas teorias ou paradigmas. Disse-me um amigo meu que agora já não há pau (no sentido físico e não metafórico-sexual). Ora poderíamos concluir: É só cenouras. Tudo numa boa. Só incentivos positivos e quem quer descansar não tem cenoura mas também não está muito preocupado com isso. Erro!! A cenoura não aparece à frente mas atrás. Por isso corre senão ganhas um andar novo...

Depois chegamos a uma fase em que nos fartamos de correr. É um pouco como aquela teoria que já aqui aflorei da violação, ou seja, quando esta é inevitável mais vale relaxar e aproveitar. Mais uma vez o incentivo está desfeito e cá anda a malta satisfeita com a sua cenourinha entalada (se pensarmos bem no povo português que só diz mal da vida mas cá anda, cantando e rindo... se calhar todo ele tem uma mega-cenoura... :) ).

Num ambiente empresarial nenhuma chefia pode deixar que o incentivo falte. Portanto, eis que novo incentivo aparece e mais uma vez este não é positivo. Adquirido o factor "cenoura", diria que a melhor forma é "pressionar" ainda mais a coisa. É aí que se pode formular um novo paradigma. Recorrendo a umas fotos que apareceram há uns anos atrás, de uma certa alentejana (quem era? quem era?), e em que uns simpáticos alhos franceses entravam por uma cavidade que não a suposta para um alimento, formulo o novo paradigma: na situação actual já todos temos a nossa cenoura enfiada, mas agora há que correr senão levamos com o alho francês. Cada um que tire as suas conclusões...

Como qualquer boa teoria há sempre um corolário, ou seja como consequência do que até agora vem sendo dito, podemos enunciar o 4º e último paradigma da motivação: temos que correr sempre e muito, pois há-de haver sempre mais e mais incentivos negativos (legumes para "embrulhar"). Portanto, enquanto não tivermos enfiado a horta toda há motivos para nos mantermos motivados e tentar desempenhar as nossas tarefas da melhor forma possível.

quarta-feira, abril 09, 2008

Hoje aconteceu:

- Acordei com uma brutal dor de costas
Razão: 10 horas de avião e largas caminhadas por entre passeios e ruas esburacadas com sapatinho de sola
Solução: Levanta e não chora

- Fui a uma reunião às 14h mas que não ocorreu
Razão: Marcaram uma outra reunião para a mesma hora...
Solução: O cliente tem sempre razão. Marca-se nova hora: 15h30

- Volto ao local da reunião às 15h30 mas...
Razão: adivinhem...
Solução: Arranjei um sítio onde pudesse fazer alguma coisa útil.

- As reuniões terminaram (yupi!!!)
Razão: Era hora de ir tudo para casa.
Solução: Correr e barricar-me no gabinete do ocupado colaborador.

- Consegui o que queria
Razão: Sou persistente e o que tem que ser tem muita força.
Solução: Podem-me sempre atar a um poste... não há persistência que resista, hehehe

- Tive que aturar o chato do novo colega numa alucinante viagem em que insistia em querer partir o vidro para que os mosquitos saíssem do carro (sic)
Razão: Ir a pé era ainda mais perigoso.
Solução: Partir-lhe as ventas, mandá-lo para o ...alho, pedir paciência aos Céus (optei pela 3ª).
Nota: o novo colega ainda vai ter problemas...

- Cheguei a casa estafado, jantei e vi a bola
Razão: a estafa deve-se ao acima explicado, jantar para reabastecer o motor, ver a bola para não ir para a cama de bucho cheio
Solução: hummm... já estou a divagar demais. A solução é fazer algo que eu adoro: MARATONA DE SEXO!!!

Solução da solução: o blogger informa que o autor deste texto está completamente demente e por isso, ainda que tivesse possibilidade de fazer 100 metros de sexo com alguém já seria uma sorte. Assim, foi-lhe recomendado outra coisa que ele também muito apraz: DORMIR!!